Parentes das vítimas de 7 de outubro de 2023 interromperam brevemente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, neste domingo, durante seu discurso de recordação ao ataque mortal do Hamas no sul de Israel.
Várias pessoas interromperam Netanyahu por mais de um minuto em Jerusalém depois que ele começou a falar. “Meu pai foi assassinado”, gritou uma delas.
O primeiro-ministro esperou que os manifestantes fossem retirados antes de continuar seu discurso.
O governo israelense enfrenta uma pressão cada vez maior para chegar a um acordo de trégua com o movimento islamista palestino Hamas em Gaza, que permitiria a libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro.
O chefe da inteligência israelense, David Barnea, deve viajar para Doha, no Catar, neste domingo, onde as negociações indiretas devem ser retomadas.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, quando milicianos do grupo mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses que incluem reféns mortos em cativeiro.
Das pessoas sequestradas naquele dia, 97 permanecem em cativeiro em Gaza, mas 34 delas foram declaradas mortas pelo Exército.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestino que já matou mais de 42 mil pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do ministério da saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse neste domingo que o país terá que fazer “concessões dolorosas” para obter a libertação dos reféns.
“Nem todos os objetivos podem ser alcançados somente com operações militares (...) para cumprir o nosso dever moral de trazer nossos reféns para casa, teremos que fazer concessões dolorosas", disse o ministro durante uma cerimônia por ocasião do primeiro aniversário, segundo o calendário hebraico, do ataque do Hamas em território israelense.
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