Irlanda, Espanha, Noruega e Eslovênia condenaram, nesta segunda-feira (28), em um comunicado conjunto, o voto no Parlamento israelense de uma lei que proíbe as atividades da agência da ONU para os refugiados palestinos, UNRWA, em Israel.
"A atuação da agência é essencial e insubstituível para milhões de refugiados palestinos na região, especialmente no atual contexto de Gaza", escreveram os governos desses países.
O projeto de lei votado nesta segunda pelo Parlamento israelense "estabelece um precedente muito grave para o trabalho das Nações Unidas", denunciaram.
Espanha, Eslovênia, Irlanda e Noruega "continuarão trabalhando com os países doadores [...] para garantir a viabilidade da atuação da UNRWA e seu papel humanitário", acrescenta o comunicado.
O Reino Unido também se mostrou "extremamente preocupado" com o voto no Parlamento israelense nesta segunda-feira, disse o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em um comunicado. "Essa lei ameaça tornar impossível o trabalho essencial da UNRWA para os palestinos, colocando em risco toda a resposta humanitária internacional em Gaza", denunciou.
Os parlamentares israelenses aprovaram o projeto com 92 votos a favor e 10 contra, no contexto de anos de críticas israelenses à UNRWA, que aumentaram desde o início da guerra em Gaza há um ano.
O texto propõe proibir "as atividades da UNRWA no território israelense", incluindo em Jerusalém Oriental, setor da cidade santa ocupado e anexado por Israel desde 1967.
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