Orgasmos espontâneos causaram muitos problemas na vida da mulher de 35 anos -  (crédito: FreePik / reprodução)

Orgasmos espontâneos causaram muitos problemas na vida da mulher de 35 anos

crédito: FreePik / reprodução

Pesquisadores da universidade Bahçeehir, em Istambul, na Turquia, publicaram um artigo em uma revista especializada detalhando um caso raro de uma mulher, de 35 anos, que tinha vários orgasmos espontâneos. Incomodada, ela procurou um médico e descobriu que tem a Síndrome de Excitação Sexual Persistente (ou restless genital syndrome em inglês). 

 

 

Ela relatou que sentiu dormência, formigamento e uma dor tipo "picada de alfinete" na região genital por seis meses. O desconforto era maior à noite, impedindo que ela conseguisse dormir. Ao longo do tempo, os sintomas foram se agravando e ela passou a ter vários orgasmos espontâneos ao longo do dia, sem qualquer tipo de estímulo. 


Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia 


Essas interrupções a deixaram ansiosa, deprimida e incapaz de se concentrar. Ela também passou a ter problemas no trabalho, o que aumentou ainda mais sua angústia. 


Segundo os médicos, a condição é semelhante à Síndrome das Pernas Inquietas, que causa uma sensação de arrepios e formigamento nas pernas e uma vontade irresistível de mexê-las - especialmente à noite.  Entre os pontos em comum está a "dificuldade em expressar sensações e uma compulsão por fricção genital".



"Assim, a RGS é vista como uma apresentação atípica da Síndrome das Pernas Inquietas, caracterizada por sintomas sensoriais genitais. Pacientes que apresentam Síndrome de Excitação Sexual Persistente podem descrever sensações semelhantes ao orgasmo iminente, sem desejo ou estimulação sexual, enquanto outros relatam sintomas como formigamento, queimação ou dor”, diz um trecho do artigo.

 

Mais detalhes 

 

Segundo os pesquisadores, a mulher começou a sentir o desconforto somente na região genital. Mas, com o tempo,  o formigamento se espalhou para uma das pernas e depois para a outra. Foi então que ela começou a sentir a sensação de picada de alfinete e, posteriormente, uma vontade irresistível de mexer os membros inferiores.


Ela passou por vários tipos de exames e tratamentos, até que os médicos decidiram tentar usar os medicamentos usados para a Síndrome das Pernas Inquietas e ficaram surpresos ao ver que, progressivamente, os sintomas foram controlados. 




"A paciente atualmente permanece sob vigilância contínua do tratamento", disseram os autores, que pedem que mais estudos sejam desenvolvidos. Segundo os cientistas, a condição afeta predominantemente mulheres, mas não há indícios sobre o início e frequência da doença. 


"Particularmente em regiões conservadoras, essa falta de conhecimento pode causar considerável constrangimento e sofrimento para as pacientes", observaram. O estudo também se debruçou sobre o caso de um paciente que sofreu com a condição por 11 anos antes de receber um diagnóstico.



"Os sintomas comumente relatados incluem formigamento, sensações de umidade, congestão, latejamento e contrações genitais. Foi observado que esses sintomas podem ser desencadeados por estimulação física ou estresse psicológico”, analisaram.