O Parlamento da Letônia aprovou nesta quinta-feira (31) uma disposição que obriga um deputado da minoria de língua russa a fazer um teste para determinar se seu conhecimento de letão é suficiente para ocupar o cargo.
A minoria russa representa um quarto da população da Letônia, que está tentando limitar o uso do russo na vida pública.
A lei exige que os parlamentares do país báltico sejam fluentes em letão.
Desde as últimas eleições em 2022, Viktors Pucka, deputado do Partido da Estabilidade, que é próximo à minoria russófona, é suspeito de não cumprir essa exigência.
Pucka foi repetidamente condenado a multas por não ter passado no teste de idioma exigido antes de fazer o exame na semana passada, no qual foi reprovado.
Nesta quinta-feira, o Parlamento realizou uma votação expressa para ordenar que ele fizesse o teste, concedendo-lhe o direito a duas tentativas de aprovação.
“Seja qual for o resultado, a Letônia é meu país e a região de Latgale é meu lar, que Deus abençoe a Letônia”, disse Pucka aos repórteres antes da votação.
Nesse caso sem precedentes, se Pucka não for aprovado em seu exame dentro de cinco meses, ele poderá perder sua cadeira no Parlamento.
A Letônia, um estado báltico com 1,8 milhão de habitantes, recuperou a independência da União Soviética em 1991, mas herdou uma grande minoria russa.
Desde então, Riga implementou várias reformas, tornando o letão o único idioma de instrução nas escolas públicas, forçando até mesmo as instituições que falam russo a mudar para o letão.
As autoridades letãs começaram a aplicar medidas de expulsão contra os cidadãos russos que não cumprem as regras que exigem que eles falem o letão básico.
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