A Ópera Nacional de Paris realizará obras de renovação que obrigarão o fechamento de seus dois teatros de forma alternada por um período de dois anos cada um, indicou a instituição nesta quinta-feira (31) à AFP.

O Palácio Garnier, um edifício de quase 150 anos inscrito como "monumento histórico" em 1923, fechará de "meados de 2027 a meados de 2029", e a Ópera da Bastilha, inaugurada em 1989, a partir de "meados de 2030" por também pelo menos dois anos, precisou.

A instituição aponta que o valor do "financiamento provisório das obras" foi "estimado pelo Tribunal de Contas em pelo menos 200 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) até 2030" em um relatório publicado na semana passada.

O tribunal considerou que os edifícios estão "envelhecidos" e "subfinanciados há muito tempo".

O montante do financiamento está "sendo atualizado conforme os diagnósticos em andamento", acrescentou a Ópera Nacional. 

A programação artística do Palácio Garnier "será interrompida durante dois anos", segundo um "calendário provisório das obras" adotado em julho, acrescentou.

De acordo com a instituição, durante o período de fechamento do Palácio Garnier, de meados de 2027 a meados de 2029, "a programação da Ópera da Bastilha acolherá uma proporção igual de representações de óperas e de balés. Também serão programados espetáculos em outras salas associadas, em Paris" e em outras partes da França.

"Estes mesmos princípios serão aplicados” durante as obras na Ópera da Bastilha, destacou.

O edifício do Garnier, no entanto, continuará "acessível às visitas", com "restrições previsíveis para a sala de espetáculos", precisou.

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