A Comissão Europeia anunciou, nesta quinta-feira (31), que optou pelo consórcio SpaceRISE (Eutelsat-Hispasat-SES) para desenvolver a constelação europeia Iris² de satélites de comunicações seguras.

Assim, o projeto entra em sua fase final, com a assinatura prevista antes do dia 20 de dezembro e a entrada em operação em 2030, informou em um comunicado a Comissão, braço executivo da União Europeia (UE).

O projeto Iris² inclui uma rede de 290 satélites multiorbitais. Ele sucede aos programas Galileo (de posicionamento por satélite) e Copernicus (de vigilância do clima).

A SpaceRISE expressou sua satisfação por ter sido selecionada para "desenhar, implementar e operar" este "programa ambicioso e inovador", durante um período de doze anos.

"Essa seleção marca um passo crucial no desenvolvimento de infraestruturas de comunicações seguras, resilientes e soberanas na Europa", acrescentou.

Outros membros do consórcio são Thales, OHB, Airbus Defence and Space, Telespazio, Deutsche Telekom, Orange e Hisdesat.

O contrato deveria ser assinado no início de 2024, mas as negociações haviam estagnado.

Durante a primavera no hemisfério norte, a Alemanha estimou que a licitação estava "mal concebida" e deixava de lado as pequenas empresas, principalmente as alemãs.

O custo estimado do Iris² é de 6 bilhões de euros (R$ 37,6 bilhões), dos quais 2,4 bilhões (R$ 15 bilhões) virão do orçamento da UE e 750 milhões (R$ 4,7 bilhões) da Agência Espacial Europeia; o restante deverá vir do setor privado.

De acordo com a licitação lançada em março de 2023, o objetivo principal do IRIS² é fornecer aos 27 Estados membros da UE "um acesso garantido a serviços de conectividade altamente seguros, soberanos e globais".

Entre esses serviços estão "a proteção de infraestruturas críticas, a vigilância e o apoio à ação externa ou à gestão de crises, assim como aplicações militares".

O IRIS² também se propõe a mitigar a falta de conectividade em áreas sem banda larga na Europa.

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