Um tribunal peruano condenou na segunda-feira um ex-comandante militar a 18 anos de prisão pelo desaparecimento forçado e assassinato de mais de 60 civis, incluindo um jornalista, há 40 anos no âmbito das ações contra a guerrilha Sendero Luminoso.

A juíza Miluska Cano, da Quarta Câmara Penal, condenou Alberto Rivero Valdeavellano "a 18 anos de prisão pelo desaparecimento forçado do jornalista Jaime Ayala Sulca e outras pessoas".

Ele também foi considerado culpado de ser "o autor direto de homicídio qualificado contra um grupo de pessoas", segundo a sentença.   

O condenado é um capitão de fragata reformado, que não compareceu à leitura da sentença. Durante o processo, ele alegou inocência.

No mesmo caso, outro militar, o tenente reformado Augusto Gabilondo García del Barco, foi declarado réu contumaz e um pedido de prisão internacional foi emitido, após a rejeição de seu pedido para ser beneficiado por uma lei recente que declarou prescritos os crimes contra a humanidade cometidos antes de 2002.

Em 2022, ele foi detido em Málaga, Espanha, mas ficou em liberdade provisória para aguardar a extradição.

Ambos foram acusados pelo assassinato de 17 evangélicos, pelo desaparecimento de 50 pessoas encontradas em valas comuns e pela prisão e desaparecimento do jornalista Jaime Ayala.

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