Um responsável da central nuclear de Zaporizhzhya, no sul da Ucrânia e ocupada pela Rússia, morreu em um atentado com carro-bomba organizado por Kiev, informaram os dois países nesta sexta-feira (4).
Desde que o conflito da Ucrânia começou em fevereiro de 2022, os serviços secretos ucranianos realizaram assassinatos ou tentativas de assassinatos nos territórios ocupados, assim como na própria Rússia, contra responsáveis da ocupação, militares ou personalidades que apoiam a invasão russa.
Segundo o serviço de inteligência militar ucraniano (GUR), a explosão de um carro-bomba matou Andrii Korotki nesta sexta, identificado como o "responsável pela segurança" da central nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa.
O GUR o acusou de ter "cooperado voluntariamente com os invasores russos" e de ter denunciado empregados "pró-ucranianos" da central, participando, desta forma, da "repressão" do pessoal por parte do ocupante.
O serviço de inteligência divulgou um vídeo de má qualidade que mostra um carro alvo circulando lentamente antes de explodir.
As autoridades da central nuclear, ligadas à Rússia, confirmaram que Korotki morreu em um "atentado terrorista cometido pelo regime de Kiev".
As forças russas ocupam desde março de 2022 a central de Zaporizhzhya, alvo de diversos bombardeios dos quais ambas as partes se acusam e pelos quais a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) mostrou sua preocupação em diversas ocasiões.
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