Ao menos 70 pessoas morreram na quinta-feira (3) no Haiti em um ataque de gangue que também deixou 16 gravemente feridos, informou a ONU nesta sexta-feira (4).
"Membros da gangue Gran Grif armados com fuzis automáticos abriram fogo contra a população e mataram pelo menos 70 pessoas, incluindo dez mulheres e três crianças", afirmou o gabinete dos Direitos Humanos da ONU em comunicado.
O Haiti, um dos países mais pobres do mundo, está atolado na anarquia, com a presença crescente de gangues na capital Porto Príncipe e o colapso dos sistemas de saúde e de segurança.
"Estamos horrorizados com os ataques em Pont Sonde, no departamento haitiano de Artibonite", disse o porta-voz do gabinete de Direitos Humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan, em comunicado.
Duas das pessoas gravemente feridas são membros da gangue atingidos durante uma troca de tiros com a polícia haitiana.
Os membros da gangue "incendiaram pelo menos 45 casas e 34 veículos", forçando os moradores a fugir.
O alto comissário pede um "aumento da ajuda financeira e logística internacional para a Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS) no Haiti".
A MMAS é composta principalmente por policiais quenianos e iniciou recentemente a sua missão de apoio às forças de ordem haitianas.
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