O papa Francisco voltou a pedir, neste domingo (6), um "cessar-fogo imediato" no Oriente Médio e que os reféns israelenses sequestrados pelo Hamas sejam libertados, na véspera do primeiro aniversário do ataque do grupo islamista palestino contra Israel, que desencadeou a guerra em Gaza.
"Amanhã será o primeiro aniversário do ataque terrorista contra a população de Israel, a quem renovo minha proximidade. Não nos esqueçamos de que ainda há muitos reféns em Gaza, para os quais peço a libertação imediata", declarou o papa após a oração do Angelus.
"Desde aquele dia, o Oriente Médio mergulhou em um sofrimento cada vez maior, com ações militares destrutivas que continuam a atingir a população palestina", acrescentou o pontífice.
"Essa população está sofrendo muito em Gaza, são civis inocentes, todas as pessoas que precisam receber ajuda humanitária necessária", sustentou.
"Peço um cessar-fogo imediato em todas as frentes, inclusive no Líbano", insistiu o líder da Igreja Católica.
Francisco pediu a ação da comunidade internacional para que haja o "fim da 'espiral de vingança' e que os ataques, como o cometido pelo Irã há alguns dias, não se repitam, pois podem arrastar essa região para uma guerra ainda maior".
"Todas as nações têm o direito de existir em paz e segurança. Seus territórios não devem ser atacados nem invadidos. A soberania deve ser respeitada e garantida através do diálogo e da paz", concluiu o papa, que pediu um cessar-fogo em diversas ocasiões, assim como a libertação dos reféns israelenses e o aumento da ajuda humanitária para os palestinos.
O pontífice presidiu depois uma oração pela paz na basílica Santa Maria Maggiore e lamentou em sua homilia "um mundo em perigo" em uma época "assolada por guerras".
Em 7 de outubro do ano passado, o Hamas e outros grupos palestinos atacaram Israel, matando 1.205 pessoas, a maioria civis, de acordo com um cálculo da AFP baseado em números oficiais israelenses e incluindo reféns que morreram ou foram mortos no cativeiro na Faixa de Gaza.
A ofensiva israelense na Faixa causou até o momento 41.870 mortes, segundo os números atualizados do Ministério da Saúde do território palestino controlado pelo Hamas, cujas informações são consideradas confiáveis pela ONU.
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