O novo governo da França, liderado pelo primeiro-ministro conservador Michel Barnier, enfrenta nesta terça-feira (8) a sua primeira moção de censura promovida pela esquerda, mas que não dá sinais de prosperar devido à recusa da extrema direita em apoiá-la. 

"Chegou a hora da verdade. Veremos quem se opõe ao governo e quem não se opõe", disse à AFP o líder socialista Olivier Faure, que defenderá a moção de censura da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) a partir das 16h30 (11h30 no horário de Brasília).

Esta aliança de socialistas, ambientalistas, comunistas e do partido A França Insubmissa (LFI, esquerda radical) venceu as últimas eleições legislativas que o presidente Emmanuel Macron antecipou em junho, após a vitória da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu. 

Com 193 deputados, o NFP ficou longe da maioria absoluta de 289 e o presidente decidiu nomear Barnier como primeiro-ministro, à frente de um governo apoiado pela aliança de centro-direita de Macron e pelo conservador Os Republicanos (LR). 

O NFP justificou a sua moção de censura na decisão do chefe de Estado de não nomear a sua candidata a primeira-ministra, a economista Lucie Castets, e nas "orientações políticas" do governo Barnier, que busca intensificar a política contra a migração e cortar o gasto público. 

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