Familiares de presos na crise pós-eleitoral na Venezuela denunciaram, nesta terça-feira (8), violações dos direitos humanos envolvendo os detentos, incluindo fortes restrições a visitas e acesso limitado a alimentos.

Os parentes dos presos fizeram uma manifestação no estado de Lara para exigir um regime de visitas, a nomeação de advogados particulares, ao invés de defensores públicos, e garantias de alimentação dos detidos que estão na prisão de segurança máxima de Tocuyito, que fica a 177 km dos seus locais de residência.

“Eles nos permitiram uma única visita, de 40 minutos”, com “oficiais encapuzados. Não tinham nenhuma identificação", denunciou Reina Pineda, mulher de um dos presos acusados de terrorismo. "Não nos deram privacidade", reclamou a manifestante, que achou seu marido "muito magro".

"Chega de violações dos direitos humanos! Liberdade!", pediam manifestantes. A ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) denunciou na última sexta-feira que os presos recebiam uma alimentação deficiente.

María Guárico esperou dois meses para ser autorizada a ver o filho detido. "Saímos muito tristes com a condição que vimos, estava muito magro".

As manifestações pós-eleitorais deixaram 27 mortos, dois deles militares, e 192 feridos na Venezuela, além de mais de 2.400 presos, incluindo 164 adolescentes dos quais 67 permanecem detidos. Parentes dos menores de idade denunciaram nas últimas semanas maus-tratos e exigiram a sua libertação.

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