O Senado aprovou, nesta terça-feira (8), como novo presidente do Banco Central (BC) Gabriel Galípolo, um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende a redução da taxa de juros, uma das mais altas do mundo.

Atual diretor de Política Monetária do BC, Galípolo, de 42 anos, atuou brevemente em 2023 como secretário-executivo do Ministério da Fazenda de Fernando Haddad. Sua indicação foi aprovada no Senado por 66 votos a 5.

A escolha de Galípolo é observada com interesse por instituições e analistas do mercado, preocupados com uma possível influência do governo. Em sabatina no Senado, Galípolo disse que Lula lhe comunicou “de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões”.

O economista vai substituir Roberto Campos Neto, que Lula chegou a acusar de trabalhar para prejudicar o país.

Apesar da desconfiança do mercado, Galípolo ressaltou nas últimas semanas a necessidade de controlar a inflação e sugeriu a possibilidade de continuar aumentando a taxa de juros.

“Estaremos sempre sujeitos a momentos mais desafiadores, mas a atuação do Banco Central tem sido inequívoca na perseguição da meta de inflação”, disse o indicado de Lula aos senadores.

A inflação teve uma leve queda de 0,02% em agosto, ficando em 4,24% em 12 meses. Embora esteja dentro da margem de tolerância oficial (até 4,5%), está distante da meta de 3%.

Galípolo tomará posse em 1º de janeiro de 2025, para um período de quatro anos.

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