A Bolívia juntou-se à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), que sustenta que a ofensiva israelense em Gaza viola a Convenção das Nações Unidas contra o Genocídio, informou o tribunal nesta quarta-feira (9). 

O país sul-americano é o último de vários Estados, incluindo Colômbia, Líbia, Espanha e México, a juntar-se a este litígio contra Israel, que nega categoricamente as acusações. 

A Bolívia já havia anunciado em novembro o rompimento de suas relações diplomáticas devido ao que descreveu como ataques "desproporcionais" de Israel contra Gaza. 

Naquela época, Israel chamou a medida de "capitulação ao terrorismo". 

Em uma decisão de 26 de janeiro que chegou às manchetes em todo o mundo, a CIJ ordenou que Israel fizesse todo o possível para evitar atos de genocídio durante as suas operações militares em Gaza. 

Também instou o país a garantir um "acesso sem obstáculos" aos investigadores encarregados pela ONU de examinar as denúncias de genocídio.

Desde então, a África do Sul recorreu várias vezes à CIJ para salientar que a grave situação humanitária no território palestino obriga o tribunal a emitir novas medidas de emergência. 

Um argumento apresentado pela Bolívia em sua argumentação perante o tribunal, tornado público nesta quarta-feira: "A guerra genocida de Israel continua e as ordens da Corte permanecem letra morta para Israel". 

Embora as decisões da CIJ sejam juridicamente vinculativas, o tribunal não dispõe de meios concretos para aplicá-las.

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