A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se solidarizou, nesta quarta-feira (9), com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, depois que a autoridade eleitoral do país anunciou que ele será investigado por supostas irregularidades durante sua campanha.

"Quero trazer a público nossa solidariedade com o presidente Petro", disse a mandatária de esquerda, quem assumiu o cargo há apenas uma semana, durante sua coletiva de imprensa matinal.

A autoridade eleitoral da Colômbia (CNE) decidiu na terça-feira iniciar uma investigação administrativa contra Petro por supostamente violar os limites de gastos em sua campanha de 2022 pelo equivalente a 880 mil dólares (aproximadamente 4,8 milhões de reais na cotação atual), segundo a instituição.

"Sempre demonstro nosso apoio e solidariedade quando acontece uma injustiça, é parte de nossa política", acrescentou a presidente mexicana, ao endossar o colega colombiano, que convocou protestos contra a decisão do CNE.

Petro pode sofrer penalidades financeiras, mas não corre o risco de perder o cargo. No entanto, especialistas ressaltam que o CNE pode encaminhar uma cópia da investigação à Câmara de Representantes (baixa), onde o presidente pode enfrentar um julgamento político.

Entre os investigados estão Ricardo Roa, gerente da campanha da Petro para se eleger em 2022 e atual diretor da empresa estatal de petróleo Ecopetrol, e seu tesoureiro. Além de líderes da Colômbia Humana e da União Patriótica, os principais movimentos políticos de esquerda do país.

Desde o início das investigações sobre essas supostas irregularidades, o presidente tem insistido em que a autoridade eleitoral está sendo usada para derrubá-lo.

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