As autoridades ucranianas anunciaram, nesta quarta-feira (9), a detenção de um soldado que anunciou publicamente que estava abandonando a sua unidade sem autorização para exigir a desmobilização dos soldados alistados há quase três anos devido à invasão russa. 

O Gabinete de Investigação Ucraniano (DBR) anunciou que prendeu Sergiy Gnezdilov, um soldado da 56ª brigada. Ele está sob investigação por deserção e corre o risco de ser condenado a até 12 anos de prisão, disse o DBR. 

"O abandono manifesto e público de uma unidade militar em tempo de guerra não é apenas imoral" em relação aos seus camaradas, mas também "desmoraliza a sociedade e provoca um falso debate que favorece claramente o nosso inimigo", acusou o DBR.

O tempo de serviço indefinido em tempos de lei marcial é debatido na Ucrânia.

Alguns consideram esta situação injusta para os militares que estão sob bandeira desde o início da invasão e pedem a sua substituição, mas o governo reluta devido à falta de reservistas. 

Se os primeiros meses da invasão foram marcados pelo entusiasmo patriótico, a Ucrânia agora carece de voluntários e em maio adotou uma nova lei para reforçar a mobilização e alistar dezenas de milhares de homens, mas o problema está longe de estar resolvido.

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