O presidente de Governo espanhol, Pedro Sánchez, instou, nesta sexta-feira (11), a comunidade internacional a deixar de exportar armas para Israel, em plena escalada de seu conflito com o Hezbollah no Líbano. 

"Acredito que é urgente que, à luz de tudo o que está acontecendo no Oriente Médio, a comunidade internacional pare de exportar armas para o governo de Israel", declarou o líder socialista após ser recebido pelo papa Francisco no Vaticano. 

"O governo da Espanha desde 7 de outubro (de 2023) não exporta nenhum tipo de armamento nem material militar para Israel. Nenhum", acrescentou em uma coletiva para a imprensa em Roma. 

“A posição do governo espanhol foi determinada desde o início, e não é contribuir de uma forma ou de outra para a escalada da violência e da guerra e sua expansão em Gaza, na Cisjordânia ou, neste caso, no Líbano”, continuou ele.

O presidente de Governo espanhol, que multiplica as críticas a Israel desde o início do conflito em Gaza há um ano, também reiterou a condenação do Executivo aos ataques sofridos pela força da ONU mobilizada no Líbano, a Unifil. 

"Nos parece algo absolutamente condenável, rejeitável e que serve para nos recordar a urgência de acabar com a violência", explicou Sánchez, que, na quarta-feira, já havia qualificado de "invasão" a ofensiva israelense no Líbano. 

Na quinta-feira, dois capacetes azuis indonésios da Unifil, a força da ONU mobilizada no sul do Líbano, ficaram feridos por disparos do Exército israelense, que realiza desde o mês passado uma ampla campanha contra o movimento pró-iraniano Hezbollah. 

O incidente foi fortemente condenado pela Itália, um dos principais contribuintes de tropas para a força, com quase 900 soldados mobilizados, que falou de possíveis “crimes de guerra”. Ele também foi condenado por Paris, Madri, Dublin e Jacarta. Os Estados Unidos, por sua vez, disseram estar “profundamente preocupados”. 

A Unifil tem cerca de 10.000 soldados da paz no sul do Líbano, 650 deles espanhóis.

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