A Itália enviou, nesta segunda-feira (14), um primeiro grupo de migrantes interceptados no Mediterrâneo a centros na Albânia, em virtude do controverso acordo entre os dois países. 

Uma fonte do governo confirmou à AFP relatos de que uma patrulha está indo à Albânia com um grupo de migrantes, para que sejam cadastrados em um centro no porto de Shengjin, para depois instalá-los em uma antiga base militar no noroeste. 

O governo de extrema direita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, assinou um acordo controverso com seu contraparte da Albânia, Edi Rama, para que receba alguns migrantes enquanto seus pedidos de asilo são analisados. 

O acordo, que tem cinco anos de duração e um orçamento de 160 milhões de euros (984 milhões de reais), contempla que os migrantes que sejam interceptados por barcos italianos em águas internacionais, mas dentro da zona de busca designada pela Itália, sejam transferidos a um navio militar para uma primeira triagem. 

Nesta etapa, será analisado quais migrantes vêm dos países considerados "seguros", o que permitiria uma repatriação rápida.

O restante será levado à Albânia para ser cadastrado e depois a um acampamento onde a Itália será responsável pelo que ocorre dentro do local e as forças albanesas pela segurança externa.

Esse acordo foi muito criticado por grupos de direitos humanos que questionam se a Albânia - que diferente da Itália não é membro da União Europeia - consegue oferecer proteção aos solicitantes de asilo. 

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