A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, exortou nesta segunda-feira (14) os países dos Bálcãs Ocidentais que aspiram a entrar na União Europeia (UE) a permanecerem "do lado certo da história", em um momento em que a influência da Rússia está crescendo.

Von der Leyen falou em Berlim durante uma cúpula destinada a fomentar laços mais estreitos na região dos Bálcãs e prepará-la para uma eventual adesão à UE.

A chefe da UE admitiu que houve um longo período em que a ampliação do bloco esteve congelada de fato.

Mas "isso mudou completamente nos últimos anos", declarou, estimando que a guerra russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, trouxe "clareza: é preciso escolher estar do lado certo da história e do lado do direito internacional."

Há cerca de 20 anos, Bruxelas abriu uma perspectiva de adesão a seis países dos Bálcãs Ocidentais: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Macedônia do Norte, Montenegro e Sérvia. Desde então, nenhum deles entrou ainda na UE.

Von der Leyen falou ao lado do chefe do governo alemão, Olaf Scholz, à margem dessa cúpula organizada no âmbito do "Processo de Berlim", criado em 2014 para promover a cooperação entre esses países.

Com exceção da Albânia, todos faziam parte da Iugoslávia, que se desintegrou em 1991, deixando a região mergulhada em conflitos étnicos e deslocamentos em massa.

A UE alertou recentemente a Sérvia que a manutenção de suas relações historicamente fortes com Moscou era "incompatível" com sua aspiração de se unir ao bloco.

A Sérvia depende quase completamente da Rússia para seu fornecimento de gás e, embora tenha condenado a invasão russa da Ucrânia, não adotou nenhuma sanção desde fevereiro de 2022.

O chanceler Scholz afirmou, por sua vez, que "é hora" de avançar com o ingresso desses países na UE.

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