O Canadá anunciou, nesta segunda-feira (14), a expulsão do embaixador e cinco diplomatas indianos do país, segundo uma fonte governamental, em um momento no qual a polícia local diz ter "provas" do envolvimento do governo de Nova Delhi em casos de "intimidação, perseguição, extorsão e coação" em território canadense. 

A Índia anunciou horas antes que estava retirando seu principal diplomata no Canadá porque ele estava sendo investigado, juntamente com outras autoridades, pelo assassinato de um líder separatista sikh no ano passado.

“Não acreditamos no compromisso do atual governo canadense de garantir sua segurança”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Índia em um comunicado.

“Portanto, o governo da Índia decidiu retirar o alto comissário [Sanjay Kumar Verma] e outros diplomatas e funcionários”, acrescentou.

O assassinato do cidadão canadense Hardeep Singh Nijjar em 2023 rompeu as relações diplomáticas entre os dois países e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que há “alegações confiáveis” que ligam a inteligência indiana ao crime cometido em Vancouver.

De acordo com o ministério, o alto comissário, que também atuou como embaixador no Japão e no Sudão, é um diplomata de carreira respeitado e as alegações contra ele são “ridículas e merecem ser tratadas com desprezo”.

Nijjar, que imigrou para o Canadá em 1997 e se tornou cidadão canadense em 2015, defendeu a declaração de parte da Índia como um estado sikh independente, conhecido como Khalistan.

Ele era procurado pelas autoridades indianas por suposto terrorismo e conspiração para cometer assassinato.

Até o momento, quatro indianos foram presos em conexão com o assassinato de Nijjar, que ocorreu no estacionamento de um templo sikh em Vancouver em junho de 2023.

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