Kamala Harris e Donald Trump dirigem-se mais uma vez à Pensilvânia, um estado-chave nas eleições presidenciais, onde a democrata vai se concentrar no eleitorado negro.
A três semanas das eleições de 5 de novembro, a vice-presidente fará um comício no final do dia na localidade de Erie, às margens do lago de mesmo nome.
Nesta segunda-feira (14), sua equipe de campanha revelou algumas de suas propostas para beneficiar os homens afro-americanos.
A ex-procuradora da Califórnia está perdendo nas pesquisas nessa faixa do eleitorado em comparação com seus antecessores democratas na corrida pela Casa Branca.
O programa está concebido para ajudar homens negros a criar pequenas empresas ou comércios, com empréstimos a juros baixos, e facilitar seu acesso à educação e formação.
- Um estado-chave -
Trump falará de temas econômicos com os eleitores da localidade de Oaks, nos arredores da Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia.
Nas eleições americanas, onde a votação acontece de forma indireta através do colégio eleitoral, este estado oferece 19 votos para quem vencer ali.
No domingo, no Arizona, o republicano retomou seu discurso anti-imigração, acusando os democratas de terem "importado um exército de ilegais" das "masmorras de todo o mundo".
Também disse que "a Guarda Nacional", e inclusive "o Exército", deveriam ser convocados para lutar contra "o inimigo interno" dos Estados Unidos, "gente doente, lunáticos de extrema esquerda".
O resultado destas eleições é mais incerto do que nunca, com os dois adversários disputando ombro a ombro e uma distância que fica cada vez menor.
Dois levantamentos publicados no fim de semana mostram que Trump está reduzindo a vantagem de Kamala, que luta para ganhar terreno entre os eleitores negros e latinos.
Na quinta-feira passada, o ex-presidente Barack Obama criticou seus "irmãos" negros por sua relutância a eleger uma mulher pela primeira vez na história dos Estados Unidos.
Segundo uma pesquisa do New York Times/Siena College, 90% dos afro-americanos votaram em Joe Biden em 2020, um número que cai para 78% em relação a Kamala Harris.
Após assistir no domingo a um ofício religioso em uma igreja frequentada por negros em Greenville (Carolina do Norte), a vice-presidente, que completa 60 anos na próxima semana, concedeu uma entrevista a um jornalista negro, Roland Martin.
Nela, voltou a atacar a falta de transparência de Trump sobre seu estado de saúde.
- Estado de saúde -
O republicano, de 78 anos, se nega a tornar público um relatório médico detalhado e se recusou a participar de um segundo debate na televisão com sua rival.
"Por que sua equipe age dessa forma?", questionou Kamala. "Talvez acredite que não está preparado, em má condição física e instável", acrescentou.
A equipe de campanha de Trump contra-atacou nesta segunda, afirmando que Kamala estava em um "estado de desespero total [...] perante a hemorragia entre as categorias de eleitores que tradicionalmente se inclinam para os democratas".
Está previsto que a candidata retorne à Pensilvânia em meados desta semana. Ela também irá a outros dois estados-pêndulo, que não tem uma tendência política definida: Michigan e Wisconsin.
Se Kamala vencer na Pensilvânia, em Wisconsin e Michigan, terá a Presidência praticamente garantida.
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