Os preços do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (14), afetados por dados e medidas econômicas chinesas que não convenceram os investidores, assim como por exercícios militares lançados por Pequim ao redor de Taiwan.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro recuou 2%, a 77,46 dólares. 

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro caiu 2,29%, a 73,83 dólares. 

"O grande ponto negativo do fim de semana foi a economia chinesa. E depois, os exercícios militares em Taiwan e arredores", disse John Kilduff, analista da Again Capital. 

A China, principal importador mundial de petróleo, anunciou no sábado que vai recorrer maciçamente ao endividamento público por meio de bônus especiais, para estimular sua economia desaquecida e impulsionar os setores imobiliário e bancário.

"Nos próximos três meses, pode-se dispor de um total de 2,3 trilhões de iuanes [cerca de R$ 1,8 trilhão, na cotação atual] em fundos de títulos especiais para uso em vários lugares", disse o ministro das Finanças, Lan Fo'an. 

Por outro lado, a falta de um calendário claro e de medidas para incentivar o consumo decepcionaram os investidores, que tampouco se mostraram convencidos nos dados relativos às importações.

O mercado também está preocupado com as manobras militares lançadas na segunda-feira por Pequim ao redor de Taiwan, ilha de governo autônomo que Pequim considera parte de seu território, e que o exército chinês apresentou como uma "advertência" aos "separatistas".

"Estes exercícios militares (...) também são negativos para os preços porque as consequências (de uma ofensiva chinesa em Taiwan) causariam, evidentemente, uma perturbação econômica importante e uma queda na demanda de petróleo", segundo Kilduff. 

Os temores de uma represália israelense contra a infraestrutura petroleira iraniana também se dissiparam um pouco, segundo os analistas, o que contribui para a queda dos preços.

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