Um juiz da Geórgia, um dos estados-pêndulo que pode definir as eleições nos Estados Unidos, bloqueou na terça-feira (15) uma norma que exigia a contagem manual dos votos por parte dos funcionários eleitorais, uma medida que poderia atrasar a divulgação dos resultados.

A decisão do juiz Robert McBurney, do Tribunal Superior do condado de Fulton, afirma que a nova regra afetaria o processo eleitoral a poucas semanas das eleições presidenciais de 5 de novembro.

"Qualquer coisa que acrescente incerteza e desordem ao processo eleitoral prejudica os cidadãos", destacou McBurney.

A junta eleitoral da Geórgia, liderada por uma maioria pró-Trump, emitiu em setembro a polêmica medida que exige a contagem manual dos votos nos condados.

As autoridades da Geórgia afirmaram que a medida era supérflua, pois existem máquinas que fazem a contagem, e também poderia semear dúvidas ao atrasar o processo e abrir espaço para desinformação.

O ex-presidente Donald Trump enfrenta acusações na justiça por seus esforços para tentar reverter os resultados das eleições de 2020 na Geórgia, que deram a vitória ao presidente Joe Biden.

Agora, Trump disputa a presidência contra a atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris.

Em outra decisão, o mesmo juiz determinou na segunda-feira que os membros da junta eleitoral local devem certificar os resultados, uma medida que pode afetar a próxima disputa presidencial.

A decisão de McBurney acontece após um membro republicano da junta eleitoral no condado de Fulton, que inclui grande parte de Atlanta, ter se recusado no início do ano a certificar os resultados das primárias presidenciais da Geórgia.

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