O líder norte-coreano Kim Jong Un chamou a Coreia do Sul de "país hostil" e "estrangeiro" durante uma visita a soldados, na qual assegurou que a destruição de estradas e ferrovias marca o fim de uma "relação maligna", informou nesta sexta-feira (18, noite de quinta em Brasília) a imprensa estatal.

Nesta quinta-feira, Kim visitou o quartel do 2º Corpo do Exército Popular Coreano para revisar planos de defesa, após a decisão de Pyongyang de destruir as vias que conectam com o Sul, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

Em suas discussões com os comandantes militares, Kim enfatizou que o "Exército deve ter presente novamente o claro fato de que a RDC [Coreia do Sul] é um país estrangeiro e um aparente país hostil", segundo a KCNA.

As relações entre as duas Coreias se deterioraram desde janeiro, quando Kim classificou o Sul como o "principal inimigo" de seu país, e afirmou que o Norte já não está interessado na reunificação.

A imprensa estatal informou na quinta-feira que a constituição norte-coreana agora define a Coreia do Sul como um Estado "hostil".

A interdição de ligações viárias e ferroviárias com o Sul "significa não apenas o fechamento físico, mas o fim de uma relação maligna com Seul, que durou persistentemente século após século [...], e da irracional ideia da unificação", disse Kim, segundo a KCNA.

Na terça-feira, o Exército sul-coreano divulgou um vídeo de soldados norte-coreanos dinamitando as estradas e linhas férreas que conectam as duas Coreias.

Kim Yo Jong, a poderosa porta-voz do regime e irmã do líder norte-coreano, reagiu com irritação nesta sexta-feira às acusações do Exército sul-coreano de que o Norte utilizou suas imagens sem autorização.

"Gostaria de informar a esses idiotas que a foto é um frame de um vídeo divulgado por NBC, Fox News, Reuters e outros veículos estrangeiros", escreveu em um comunicado publicado pela KCNA.

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