A oposição venezuelana denunciou, nesta sexta-feira (18), a prisão de um parlamentar do estado de Zulia (oeste), que foi expulso das fileiras do chavismo em 2019, após pedir a destituição do então ministro de Energia elétrica devido aos frequentes racionamentos de energia.

"Condenamos a detenção inconstitucional e ilegal de Eduardo Labrador, deputado do Conselho Legislativo de Zulia e professor ativo da LUZ", a Universidade de Zulia, afirmou Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência.

"A perseguição e o assédio continuam em Zulia. O uso das instituições para atropelar e tentar calar as vozes democráticas que se opõem ao PSUV segue firme. Chega de BARBARIE!", acrescentou Capriles.

Labrador, que foi membro do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), apoiou o ex-diplomata Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho, das quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor, em meio a denúncias de fraude.

Mais de 150 dirigentes opositores foram presos até agora em 2024, incluindo membros da equipe de campanha de González e colaboradores próximos da líder oposicionista María Corina Machado, segundo forças opositoras.

Rafael Ramírez, prefeito de Maracaibo, capital do estado de Zulia e segunda maior cidade do país, foi preso em 2 de outubro. A justiça o acusa de supostos atos de corrupção, mas a oposição sustenta que se trata de uma onda repressiva contra adversários do governo.

A proclamação da vitória de Maduro desencadeou protestos que resultaram em 27 mortos, cerca de 200 feridos e mais de 2.400 detidos, que foram rotulados de "terroristas" pelo presidente de esquerda.

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