O Hamas será dirigido temporariamente por um comitê sediado no Catar, antes de designar o sucessor de Yahya Sinwar, assassinado na semana passada pelo Exército israelense em Gaza, informaram duas fontes do movimento islamista palestino nesta segunda-feira (21).

"A posição do Hamas é não nomear um sucessor de seu finado líder, o mártir Yahya Sinwar, até as próximas eleições" da organização, previstas para março, "se as condições permitirem", disse à AFP uma das fontes.

Sinwar, nomeado líder do Hamas após o assassinato em julho, no Irã, de seu antecessor Ismail Haniyeh, morreu na quarta-feira em uma operação israelense na Faixa de Gaza, cenário há mais de um ano de uma guerra total entre o Exército israelense e a milícia palestina.

Um comitê de cinco membros formado em agosto, após o assassinato de Haniyeh, "assumirá a direção do grupo", acrescentou a fonte.

Esse comitê, que fica em Doha, está formado por representantes dos territórios palestinos e da diáspora: Khalil al Haya por Gaza, Zaher Jabarin pela Cisjordânia ocupada e Khaled Meshaal pelos palestinos do exterior.

Também inclui Mohamed Darwish, do Conselho Shura do Hamas, e o secretário do escritório político, que sempre é mantido no anonimato por razões de segurança, detalhou.

Outra fonte do Hamas indicou que a direção do grupo havia discutido a possibilidade de nomear um líder sem anunciar seu nome, mas acabou descartando essa opção.

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