Em 2017, Yvon Chouinard entrou na lista de pessoas mais ricas do mundo da revista Forbes. Mas o alpinista e ambientalista norte-americano não sentia orgulho de sua fortuna e decidiu se desfazer de seus bens. Em 2022, ele anunciou que doaria todas as ações de sua empresa para a Holdfast Collective, fundo dedicado à proteção da natureza e ao combate às alterações ambientais.

 

Além disso, ele criou a Patagonia Purpose Trust, fundação que gera US$ 100 milhões (R$ 568 milhões) anualmente para cuidar do planeta. Ao todo, abriu mão de US$ 3 bilhões, o equivalente a R$ 17 bilhões. A esposa do empresário e seus dois filhos adultos também abriram "descartaram" partes nos ganhos na empresa. O patrimônio líquido estimado do empresário é de menos de US$ 100 milhões (R$ 568 milhões). 



 

Yvon se tornou bilionário por conta da Patagonia, marca de roupas para esportes ao ar livre, que criou com sua esposa, Malinda, em 1973. Atualmente, a empresa fatura cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) por ano. 


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Agora, aos 84 anos, o empresário se orgulha de escolha. “A Terra é agora nosso único acionista. “Em vez de 'abrir o capital', você poderia dizer: 'Abrimos o capital com um propósito'. Em vez de extrair valor da natureza e transformar isso em riqueza para os investidores, usaremos a riqueza que a Patagonia cria para proteger a fonte de toda riqueza”, declarou em comunicado para stakeholders.



O americano, desde criança, era fascinado pela natureza, tendo participado de clubes de falcoaria, escaladas, surf e outros esportes ligados à natureza. Antes de criar a Patagonia, ele vendia equipamentos para escalada.


A virada veio após Yvon perceber que a margem de lucro das roupas era muito maior. O sucesso veio logo e por um motivo: a marca vendia o estilo de vida ligado a expedições, natureza e ambientalismo. Com o tempo, ele passou a trazer o estilo de vida para as peças, usando algodão certificado. 


A empresa também já causou polêmica com campanhas para os clientes não comprarem na Black Friday e por manter políticas de incentivo à "desobediência civil", dando apoio financeiro para funcionários que decidissem protestar pacificamente pelo ambiente ou causas sociais.



A Patagonia também oferece um programa de estágio ambiental que remunera, por dois meses, funcionários que decidam abandonar suas posições para trabalhar temporariamente em algum grupo ambiental.

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