O diretor da empresa de inteligência artificial (IA) Perplexity AI, Aravind Srinivas, disse nesta quarta-feira que espera colaborar com os veículos de comunicação que acusaram a potencial rival do Google de se aproveitar do seu trabalho.

Srinivas foi entrevistado durante uma conferência de tecnologia do Wall Street Journal realizada na Califórnia, dias após o jornal e o New York Post processarem a Perplexity por violação de direitos autorais e marcas registradas.

“Certamente ficamos muito surpresos com o processo, porque, na verdade, queríamos uma conversa", disse o executivo. “Estou aqui para deixar bem claro que adoraria ter um contrato comercial.”

A Perplexity é uma das startups mais promissoras do Vale do Silício. Seu motor de busca baseado em inteligência artificial (IA) é citado como possível rival do Google.

Srinivas criticou diretamente o modelo desse gigante das buscas de direcionar o tráfego para sites e, nesse processo, ganhar dinheiro com anúncios ou resultados patrocinados. Sua ideia é que a IA da Perplexity responda às consultas e divida a receita de publicidade com as fontes citadas por seu motor de busca: “Vamos compartilhar essa receita com os autores dos conteúdos de uma forma inspirada no Spotify.”

A Perplexity.ai é uma plataforma que responde a perguntas conhecida por sua interface minimalista e interativa. Diferentemente do ChatGPT e do Claude, a ferramenta da Perplexity oferece soluções atualizadas, que costumam incluir links para as fontes, o que permite ao usuário checar a informação.

Ao contrário de um motor de busca clássico, a Perplexity oferece respostas diretamente em sua página, eliminando a necessidade de clicar no site de origem.

“Prefiro encontrar um modelo no qual possamos crescer juntos, em que o nosso sucesso financeiro nos recompense”, disse Srinivas ao Wall Street Journal.

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