O Oriente Médio está "à beira de uma guerra total", alertou nesta quinta-feira (24) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um momento de agravamento das tensões na região. 

"Os combates se propagaram ao Líbano. Outros países da região também são afetados. O grau de confronto entre Israel e o Irã aumentou consideravelmente. Tudo isto parece uma reação em cadeia e coloca todo o Oriente Médio à beira de uma guerra total", advertiu em um discurso na reunião de cúpula dos Brics, em Kazan.

"É necessário acabar com a violência, fornecer assistência vital às vítimas", acrescentou diante de quase 20 líderes mundiais, incluindo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

Putin pediu novamente a "criação de um Estado palestino independente que coexista pacificamente com Israel". 

A Rússia, historicamente próxima a Israel, onde vive uma grande diáspora russa, fortaleceu suas relações nos últimos meses com o Irã, país acusado pelas potências ocidentais de fornecer drones explosivos e mísseis de curto alcance ao Exército russo.

No mesmo evento, o presidente da China, Xi Jinping, pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza e o fim da "propagação da guerra no Líbano".

"Precisamos continuar pressionando por um cessar-fogo em Gaza, retomar a solução de dois Estados e deter a propagação da guerra no Líbano. Não deveria haver mais sofrimento e destruição na Palestina e no Líbano", declarou Xi. 

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