Há dois dias, um registro da Faixa de Gaza comoveu o mundo. As imagens, feitas pelo fotojornalista palestina Alaa Hamouda, mostram uma menininha carregando nas costas sua irmã mais nova, que teria sido atropelada. Elas estavam em busca de sua família. O jornalista ajudou as garotas e garantiu que elas estão bem, apesar de viverem em condições precárias em um campo de refugiados na região central de Gaza.

 

 


Nas imagens, a irmã mais velha está descalça e sob o sol forte. O jornalista pergunta por que ela leva a irmã daquele jeito. “Porque não temos carro”, responde. Em seguida, a garota conta que carregou a outra criança por mais de uma hora. “Não aguento mais andar”. Segundo o fotógrafo, foram mais de 2 km percorridos. 





 

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O vídeo mostra que Alaa levou as duas de carro até o campo onde a família das crianças estava, para que elas ficassem em segurança. Em outra publicação, ele mostra a menina mais nova lavando roupas em uma bacia d’água.


“Esta é a menina cuja irmã a carregava no ombro enquanto estava ferida e caminhava com ela na Rua Salah El-Din depois de ter recebido tratamento do hospital, indo para o local de refúgio na província central”, escreveu. Nas imagens, a menina não tem nenhum ferimento aparente. 



O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território palestino governado pelo Hamas, informou nesta quinta-feira que 42.847 pessoas morreram desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro de 2023. No total, 100.544 pessoas ficaram feridas em Gaza no período.




De acordo com a agência Anadolu, mais de 700 mil palestinos estão vivendo em abrigos improvisados, sem acesso à água potável, alimentos e medicamentos. A situação chamou atenção do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que alerta para as condições precárias da vida dessas pessoas, especialmente das crianças.

 

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