O Canadá anunciou, nesta quinta-feira (24), que planeja reduzir em 21% as cotas de imigração permanente para o país a partir do ano que vem, uma mudança drástica na política do governo de Justin Trudeau, que busca melhorar a sua popularidade.

"Embora esteja claro que nossa economia precisa de novas chegadas" de migrantes, “vemos as pressões que nosso país está enfrentando e devemos adaptar nossas políticas de acordo com elas”, disse o ministro da Imigração, Marc Miller, em um comunicado.

O anúncio segue a notícia de que a população do país chegou a 41 milhões, um aumento em grande parte devido a uma onda sem precedentes de chegadas de migrantes.

O Ministério de Imigração planejava permitir que meio milhão de pessoas se estabelecessem no país tanto em 2025 como em 2026. No entanto, o novo objetivo é de receber 395 mil pessoas em 2025 e mais 380 mil no ano seguinte. Em 2027, no entanto, receberiam mais 365 mil pessoas.

O plano, aponta o relatório, é “pausar o crescimento populacional a curto prazo para alcançar um crescimento bem gerenciado e sustentável a longo prazo”.

Além disso, busca-se menos pressão sobre os preços do mercado imobiliário. Para os canadenses, o custo de alugar ou comprar uma casa é uma grande preocupação.

O ministério observou a importância dos migrantes na recuperação do Canadá da pandemia do coronavírus sem recessão.

No entanto, uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Environics Institute sobre as atitudes dos canadenses em relação à migração mostrou que “pela primeira vez em um quarto de século, uma clara maioria dos canadenses diz que há imigração demais”.

Cerca de 58% dos canadenses acreditam que o país recebe muitos imigrantes, 14 pontos percentuais a mais do que em 2023, segundo a pesquisa.

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