Kamala Harris faz camapanha nesta quinta-feira (24) com Barack Obama e o roqueiro Bruce Springsteen na Geórgia após chamar de fascista seu rival, Donald Trump, que comparou a União Europeia com "uma mini China" a nível comercial. 

A vice-presidente democrata está apostando tudo em uma carta. O que está em jogo nas eleições presidenciais de 5 de novembro, segundo ela, é a defesa da democracia frente ao seu rival, o ex-presidente republicano Donald Trump, a quem considera "cada vez mais desequilibrado" e interessado em um "poder sem controle". 

Não é uma tarefa fácil. Segue empatada nas pesquisas com ele, dentro da margem de erro, especialmente nos sete estados-chaves que podem decidir o resultado. 

A candidata democrata de 60 anos estará pela primeira vez no palco com o ex-presidente Barack Obama, que já suou a camisa sozinho durante os últimos dias para que ela se torne a primeira mulher à frente do país. 

Ela estará acompanhada pelo roqueiro Bruce Springsteen, apelidado "O Chefe", cujas músicas sobre a classe trabalhadora o tornaram um dos artistas mais populares do país. 

Esta semana, Harris insiste mais do que nunca que Trump nunca aceitou sua derrota eleitoral em 2020 para Joe Biden e não deu garantias de que vai reconhecer os resultados daqui a 12 dias. 

Na terça-feira, a ex-promotora fará "uma argumentação final" contra Trump em Washington, no local onde o ex-presidente discursou para os seus simpatizantes antes que eles atacassem o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 em uma tentativa de evitar a certificação da vitória de Biden. 

Trump, que chama Harris de "estúpida" e Obama de um "verdadeiro idiota", viaja ao Arizona, no sudoeste do país. 

O estado é um dos sete decisivos ao lado de Geórgia, Carolina do Norte, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin e Nevada. 

O candidato de 78 anos fará um comício para falar da crise da habitação, e depois irá a Las Vegas para se dirigir aos jovens ultraconservadores. 

Ele raramente se atém às questões e, de qualquer forma, sempre fala sobre o que considera uma prioridade: a migração ilegal.

Um tema com o qual ele exalta os apoiadores conservadores, que o ovacionam toda vez que diz que deportará maciçamente os migrantes em situação irregular e invocará uma lei de 1798 para acelerar as expulsões dos membros das gangues Tren de Aragua e MS-13. 

Em uma entrevista de rádio, nesta quinta-feira, o magnata comparou a UE a uma "miniChina" em matéria comercial. 

"Não levam nossos carros, não levam nossos produtos agrícolas, não levam nada", reclamou. "A UE é uma mini China, mas não tão mini", acrescentou. 

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