O governo da Colômbia lamentou, nesta quinta-feira (25), a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na cúpula COP16 sobre biodiversidade que acontece na cidade colombiana de Cali até 1º de novembro. 

O mandatário brasileiro sofreu uma queda no banheiro que o impediu de participar da cúpula do Brics esta semana na Rússia. Embora o governo colombiano contasse com sua presença no maior encontro das Nações Unidas sobre biodiversidade, a ministra do Ambiente, Susana Muhamad, informou sua ausência. 

"É algo triste porque, de verdade, o Brasil tem sido um parceiro-chave da Colômbia (...) mas quero dizer a todos que a ministra (do Meio Ambiente do Brasil), Marina Silva, estará aqui", disse Muhamad à Blu Radio. 

"É um fato infeliz", mas "nossa aliança segue muito forte e sabemos que o Brasil está nos apoiando muito", expressou a ministra. 

Lula, que no próximo domingo fará 79 anos, foi internado no Hospital Sírio-Libanês de Brasília "depois de um acidente doméstico, com um ferimento corto-contuso" na nuca. Os médicos lhe aconselharam a evitar temporariamente "as viagens de avião de longa duração" e participou por videochamada da reunião do Brics. 

"Não foi um cancelamento, pois ele (Lula ) nunca chegou a confirmar sua presença" na COP16, indicou uma fonte da presidência do Brasil consultada pela AFP. Os médicos do mandatário indicaram nesta sexta que ele está "estável" e "em condições de realizar sua rotina de trabalho em Brasília". 

Brasil e Colômbia são dois dois países mais biodiversos do mundo e compartilham uma fronteira de 1.645 quilômetros na floresta amazônia. Embora o governo dos dois países mantenham boas relações, o Brasil vetou esta semana a entrada da Venezuela, aliado próximo do governo colombiano, do Brics. 

Representantes de quase 200 países-membros da Conferência sobre Diversidade Biológica (CDB) se reúnem em Cali para dar prosseguimento às metas de proteção ambiental traçadas na COP15. 

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