A atual vice-presidente e candidata democrata nas eleições dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, estão empatados em dois levantamentos publicados nesta sexta-feira (25).

 

A 11 dias do pleito eleitoral, a pesquisa do jornal The New York Times mostra os dois candidatos com 48% das intenções de voto, enquanto a realizada pelo canal CNN aponta 47% para ambos.

 



 

Se a eleição dos EUA fosse hoje, segundo as novas pesquisas, ambos os candidatos teriam quase o mesmo número de votos. A decisão, como é esperado que aconteça, fica a cargo da distribuição de delegados no sistema do Colégio Eleitoral.

 

Desde a última pesquisa realizada pelo Times em parceria com o Siena College, no início deste mês, o apoio à Kamala oscilou para baixo. Há duas semanas, a democrata tinha 49% das intenções, ante 46% de Trump. Nas duas ocasiões, o cenário é de empate técnico devido à margem de erro.

 

 

Nessa pesquisa, a campanha republicana ainda tem outro tímido avanço. O número de eleitores entrevistados que disseram ter a imigração como sua principal preocupação no país aumentou: 15% agora, contra 12% na pesquisa anterior. Isso favorece o republicano, já que o candidato figura 11 pontos à frente de Kamala na opinião do eleitorado quanto às políticas da área.

 

Em outro aspecto, Kamala oscilou para cima. Na economia, o principal ponto de receio do eleitorado, a democrata diminuiu a distância para Trump. Antes, figurava 13 pontos atrás do republicano; agora, a diferença caiu para 6.

 

A campanha democrata ainda manteve sua predominância em outros temas caros à população. Quanto ao trabalho de proteção do acesso ao aborto, Kamala tem uma vantagem de 16 pontos contra Trump. E a esperança democrata pode se escorar na parcela indecisa de eleitores: 15% dos entrevistados disseram não ter certeza de sua escolha e, dentro desse grupo, Kamala é o lado para o qual se inclinam 42% dos entrevistados, contra 32% a Trump. Na pesquisa anterior, a vantagem era de Trump, com 36% a 35%.

 

É exatamente nessa parte da população que as campanhas têm focado seus esforços, principalmente nas regiões dos sete estados-pêndulo, aqueles que não são tradicionalmente democratas ou republicanos. A conquista dos delegados do Colégio Eleitoral desses estados deve definir a eleição, marcada para ocorrer em 5 de novembro.

 

 

Quanto à participação antecipada na eleição, 9% dos prováveis eleitores afirmam já ter depositado o seu voto. Desses, 59% disseram ter escolhido Kamala, contra 40% que afirmam ter votado em Trump. O número reflete uma tradição de vantagem democrata nos votos antecipados e pelo correio, mesmo em meio a um movimento republicano inédito de participação adiantada.

 

A pesquisa do New York Times/Siena College ouviu 2.516 prováveis eleitores em todo país, entre 20 e 23 de outubro, por telefone; a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O levantamento da CNN ouviu 1.704 eleitores registrados, no mesmo período, e a margem de erro é de 3,1 pontos.

 

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