Os líderes do G20 reafirmaram seu compromisso de abandonar os combustíveis fósseis após as conversas desta semana em Washington, segundo uma declaração ministerial publicada nesta sexta-feira (25).

Com base nos compromissos assumidos no ano passado na COP28 de Dubai, a declaração reconheceu os planos para acelerar a ação nesta "década crítica, com o objetivo de alcançar a meta de zero emissões líquidas em 2050, de acordo com a ciência".

O documento acrescenta que a transição dos combustíveis fósseis também deve ser feita de forma "justa, ordenada e equitativa".

A declaração chega depois da reunião entre ministros de Relações Exteriores, Finanças, Meio Ambiente e Clima do Grupo dos 20, e governadores dos bancos centrais, na quinta-feira.

"Damos boas-vindas e subscrevemos totalmente o resultado ambicioso e equilibrado da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática em Dubai (COP28)", acrescentou o grupo.

Fundado em 1999, o G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e a União Africana. Os países-membros incluem produtores de petróleo como Arábia Saudita, México e Rússia.

As últimas conversas foram realizadas enquanto os dirigentes financeiros mundiais se reuniam em Washington esta semana para encontros organizados pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

Depois de quase três décadas dando voltas em torno da principal causa do aquecimento global, os estados-membros da ONU pediram no ano passado -- pela primeira vez -- que o mundo abandone os combustíveis fósseis poluentes. A decisão da COP28 foi acordada por quase 200 países.

Os combustíveis fósseis geram cerca de três quartos de todas as emissões causadas pelo ser humano.

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