O governo iraniano propôs, nesta terça-feira (29), um aumento de 200% no orçamento militar do país para o próximo ano fiscal, que começara em março de 2025, em um contexto de tensões intensificadas com Israel. 

Israel anunciou publicamente no sábado ter atacado alvos militares no Irã, em represália aos disparos de mísseis contra Israel em 1º de outubro. 

Irã justificou esses ataques como represália por bombardeios israelenses no Líbano no final de setembro, que causaram a morte de um general iraniano e do líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah. 

As autoridades iranianas também falaram da vingança pelo assassinato em seu território, atribuído a Israel, de Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas. 

No contexto regional explosivo, "foi proposto um aumento significativo de mais de 200% no orçamento militar do país", declarou a porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani. 

Em 2024, as autoridades iranianas não revelaram a quantia do orçamento de defesa. 

A maior parte do orçamento militar do país foi destinada à Guarda Revolucionária, segundo a agência oficial de notícias Irna. 

A outra parte desse orçamento foi distribuída entre o Estado-Maior das Forças Armadas e o Exército regular. 

Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), os gastos militares do Irã em 2023 subiram a 10,3 bilhões de dólares (59 bilhões de reais). 

Esse número não inclui os gastos para a Guarda Revolucionária. 

Segundo o SIPRI, o orçamento militar de Israel aumentou 24% em 2023, alcançando os 27,5 bilhões de dólares (156,7 bilhões de reais). 

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