Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares (28,5 milhões de reais) por informações sobre um atentado a um avião ocorrido em 1994 no Panamá, que deixou 21 mortos e foi atribuído ao grupo xiita libanês Hezbollah, anunciou nesta terça-feira (29) a embaixada americana.

Um avião da Alas Chiricanas que decolou do aeroporto da província de Colón explodiu no ar com 21 ocupantes, a maioria empresários, membros da comunidade judaica panamenha. Três das vítimas eram cidadãos americanos.

Os Estados Unidos buscam informações "que levem à prisão ou condenação em qualquer país e de qualquer indivíduo envolvido no atentado terrorista de 19 de julho de 1994", informou a embaixada.

Um passageiro chamado Ali Hawa Jamal foi identificado como suposta pessoa que plantou a bomba no avião, que seguia para a Cidade do Panamá.

“O Hezbollah foi responsável pelo atentado", afirmou a embaixada, sem explicar por que está oferecendo uma recompensa neste momento.

O FBI suspeita de que o ataque tenha sido cometido pelo mesmo grupo que plantou uma bomba um dia antes na sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires.

"Um grupo que se autodenomina Ansar Allah, que o governo dos Estados Unidos determinou ser um pseudônimo do Hezbollah, emitiu uma comunicado a partir do Líbano dias depois, reivindicando a autoria dos dois atentados", destacou a embaixada. 

Autoridades panamenhas levantaram duas hipóteses: uma de ajuste de contas do narcotráfico e outra de ataque antissemita. O processo foi encerrado com a morte de Jamal e não houve julgamento no Panamá.

Em 2018, o caso ganhou novo impulso, após declarações do então presidente panamenho, Juan Carlos Varela, que pediu a reabertura das investigações devido a uma informação que obteve durante uma visita oficial a Israel.

Varela disse ter sido informado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que o serviço de Inteligência israelense havia confirmado a responsabilidade do Hezbollah pela queda do avião.

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