O Atlético-MG se classificou para a final da Copa Libertadores-2024 ao empatar em 0 a 0 com o argentino River Plate no jogo de volta das semifinais disputado nesta terça-feira (29) no estádio Monumental, em Buenos Aires.
O time mineiro avançou com um placar agregado de 3 a 0, após vencer por esse resultado na primeira partida, em Belo Horizonte.
Num jogo intenso, o River teve mais posse de bola, encurralou o Galo com mais de 30 chutes a gol, mas esbarrou na forte defesa da equipe brasileira.
Na grande decisão, que será disputada no dia 30 de novembro no mesmo estádio, o Atlético-MG, campeão da Libertadores 2013, enfrentará o vencedor da outra semifinal, em que o Botafogo abriu uma grande vantagem ao golear por 5 a 0 o uruguaio Peñarol, no jogo de ida no Rio de Janeiro.
- River pressiona -
A partida teve um atraso de quase 20 minutos, entre o atraso na chegada do ônibus da equipe visitante ao estádio, e a impressionante recepção das equipes com show de fogos de artifício.
Obrigado a partir para cima em busca da façanha de reverter uma desvantagem de três gols, o River procurou desde o início chegar à área do Galo, com alta pressão na saída da equipe brasileira, e teve a primeira chance quando Solari pegou um rebote dentro da pequena área, mas chutou alto demais.
Porém, e apesar de cercar a meta dos visitantes, time argentino teve dificuldades para gerar situações de perigo diante de Everson, por isso precisou arriscar alguns chutes de fora da área, como aconteceu com uma bomba de direita de Colidio, em que a bola subiu demais, um disparo de Kranevitter que foi perto do ângulo direito, e uma cabeçada de Pezzella bem perto do travessão.
Do outro lado, o Galo ficou firme na retaguarda, mudou o esquema com Paulinho mais recuado e resistiu aos ataques do time da casa em seu próprio campo com uma barreira para afastar todas as tentativas do 'Millonario'.
Com pouca posse de bola - apenas 33% - o time mineiro quase não conseguia se livrar do cerco e procurava, com bolas longas, Hulk ou Deyverson, que teve a melhor chance de liquidar o duelo com uma corrida em velocidade após uma falha de Kranevitter. Ele avançou sozinho em direção ao gol, mas o goleiro Armani brilhou ao afastar a bola quando o atacante tentou driblá-lo.
Lançado ao ataque com o time adiantado até o final do primeiro tempo, o River dominava, mas se repetia em dezenas de cruzamentos improdutivos - mais de 60 lançamentos -, faltava lucidez e uma pitada de surpresa para preocupar Everson, ao mesmo tempo em que o Galo tentava diminuir o ritmo da partida e manter o placar zerado o máximo possível.
- Alegria mineira -
O Atlético-MG mais uma vez quase decretou a classificação no início do segundo tempo, quando Scarpa avançou pela direita e acertou um chute de pé esquerdo que acertou o travessão, quicou fora do gol, Deyverson finalizou do jeito que pôde e Armani defendeu na linha.
Gallardo decidiu mexer e colocou os jovens Echeverri e Mastantuono, que deram mais dinâmica ao jogo denso que o River fazia até então, e depois de meia hora passou a frequentar a área brasileira com mais contundência.
Everson, que até então havia tido pouco trabalho, apareceu com confiança para espalmar uma tentativa de Meza de longe, e depois defendeu um chute de Echeverri que ia na direção do ângulo, enquanto que a última para o time da casa foi uma cobrança de falta de 'Pity' Martínez que foi para fora, ao lado da trave esquerda.
O River foi desanimando ao ver que a virada com a qual sonhava há uma semana estava mais longe, e prolongou uma alarmante falta de gols - apenas gol marcado nos últimos seis jogos -, justamente no momento em que mais precisava, o que o deixa de fora do grande objetivo da temporada, a um passo da decisão.
Assim, o Galo volta à final da Libertadores depois de 11 anos, após eliminar o Fluminense, atual campeão, nas quartas de final, e nas semifinais o River, que chegava com o status de candidato ao título, com Gabriel Milito como técnico de um time que se mostra forte no ataque e sólido no seu estilo de jogo.
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