O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar "torcendo para Kamala Harris ganhar as eleições" nos Estados Unidos para "o fortalecimento da democracia", em uma entrevista nesta sexta-feira (1º) ao canal francês LCI, a quatro dias da eleição presidencial americana.
"Acredito que, para o fortalecimento da democracia nos Estados Unidos, seria mais adequado a eleição de Kamala Harris à Presidência", declarou Lula durante a entrevista, sem mencionar o nome do adversário republicano da candidata democrata, Donald Trump.
"Lembramos do ataque ao Capitólio", continuou Lula, acrescentando que "o ódio está se espalhando nos Estados Unidos, mas também na Europa e na América Latina".
"A democracia é a coisa mais sagrada que o ser humano construiu. Eu obviamente estou torcendo para a Kamala ganhar as eleições", disse Lula, às vésperas da votação de terça-feira (5), que promete ser muito disputada e tensa.
Perguntado sobre o conflito na Ucrânia, Lula reiterou que "sempre há uma oportunidade de construir a paz" e disse acreditar no "diálogo".
"Acho que é possível. O problema é que nem Zelensky, nem Putin querem se sentar para discutir isso", prosseguiu.
Lula confirmou que nem o presidente russo, Vladimir Putin, nem sem contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, estarão presentes na cúpula do G20 no Brasil, em novembro.
"Não os convidamos porque não achamos que o fórum do G20 seja um espaço para isso", declarou.
Putin anunciou em meados de outubro que não pretende comparecer ao G20 no Brasil, previsto para os dias 18 e 19 de novembro, para não "perturbar" a cúpula, uma vez que é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI).
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