Os eurodeputados iniciam nesta segunda-feira (4) o complexo processo de audiências com os candidatos a integrar a futura Comissão Europeia, o braço Executivo da União Europeia (UE), um processo que deve seguir até o final do mês.
Os indicados aos cargos de comissário ou comissária serão submetidos a interrogatórios públicos, nos quais o Parlamento Europeu mostra sua força na definição da nova Comissão Europeia.
Cada Estado-membro da UE tem um posto entre os comissários, com exceção da Alemanha, país de origem da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
Os nomes propostos pelos demais 26 países devem ser aprovados pelo Parlamento Europeu.
As audiências prosseguirão até quinta-feira e devem ser concluídas na terça-feira 12 de novembro, com os interrogatórios públicos dos seis indicados por Von der Leyen como vice-presidentes.
Entre as seis pessoas indicadas para ocupar as vice-presidências está a espanhola Teresa Ribera, que deve assumir a pasta da Transição Limpa.
Ribera terá a missão de tranquilizar a direita europeia, que desconfia do plano de aliar a atividade econômica aos objetivos climáticos do bloco.
Entre os candidatos também está o polêmico Rafaele Fitto, do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, da primeira-ministra italiana Georgia Meloni.
Von der Leyen propôs Fitto como vice-presidente da Comissão e comissário europeu da Economia, em um aceno evidente a Meloni e aos partidos da extrema direita europeia.
A indicação de Fitto provocou revolta entre os eurodeputados social-democratas, a esquerda e o centro, uma postura que antecipa audiências de elevada tensão política.
Mais da metade dos indicados para integrar a Comissão pertencem ao Partido Popular Europeu (PPE, direita), ao qual Von der Leyen também pertence e que possui a maior bancada no Parlamento.
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