A Otan permanecerá unida independentemente de quem vencer as presidenciais nos Estados Unidos, assegurou o secretário-geral da Aliança, Mark Rutte, nesta segunda-feira (4), em Berlim, a um dia das eleições americanas.
"Ganhe quem ganhar essas eleições, trabalharemos com Kamala Harris, trabalharemos com Donald Trump, e nos asseguraremos de que a Aliança permaneça unida", declarou Rutte ao lado do chefe do governo alemão, Olaf Scholz.
Rutte indicou que não tem "nenhuma dúvida" de que quem vencer as eleições seguirá apoiando a Otan porque é de "interesse dos Estados Unidos".
Os aliados ocidentais temem que, se Trump vencer as eleições desta terça-feira (5), isso signifique tempos sombrios para a Aliança Atlântica, que já sofreu um duro golpe durante a administração do ex-presidente republicano entre 2017 e 2021.
Em fevereiro, Trump alertou que estimulará os russos a fazerem "o que quiserem" com os aliados da Otan que não paguem mais pela defesa conjunta.
Kamala, por sua vez, prometeu, assim como o presidente Joe Biden, que trabalhará com os aliados e apoiará a Otan.
Os aliados ocidentais também temem que uma Presidência de Trump signifique uma redução da ajuda militar à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, que impulsionou o apoio de toda a Otan a Kiev e foi seu maior apoiador.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, solicitou a entrada na Otan ao apresentar recentemente seu "plano da vitória" aos seus aliados.
"Estou totalmente convencido de que um dia a Ucrânia será membro da Otan", afirmou Rutte.
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