As autoridades americanas prenderam, na Flórida, um cidadão turco acusado de conspirar para vender petróleo da companhia estatal venezuelana PDVSA, violando assim as sanções impostas por Washington a Caracas, informou, nesta segunda-feira (4), o Departamento de Justiça americano em um comunicado.

Taskin Torlak, de 37 anos, foi detido em Miami no sábado enquanto tentava deixar os Estados Unidos com destino à Turquia.

"Este acusado supostamente conspirou para vender petróleo venezuelano de forma ilegal, utilizando enganações e artimanhas para ocultar o fato de que esse petróleo era proveniente da Venezuela", declarou em um comunicado Matthew Graves, promotor do Distrito de Columbia.

"A estatal venezuelana PDVSA foi sancionada pelo governo americano para impedir que o regime atual continue explorando os recursos da nação enquanto permanece ilegalmente no poder", acrescentou Graves.

De acordo com a acusação, Torlak e seus cúmplices operavam desde pelo menos novembro de 2020 uma complexa engenharia para driblar as sanções americanas e transportar petróleo oriundo da Venezuela e do Irã.

Para burlar a vigilância dos EUA, eles ocultavam a identidade dos petroleiros mudando seus nomes e bandeiras, além de desativarem os dispositivos eletrônicos que rastreiam suas localizações.

Torlak e seus cúmplices supostamente receberam dezenas de milhões de dólares da PDVSA pelo transporte de petróleo venezuelano.

Os supostos cúmplices de Torlak não foram identificados pelo nome na denúncia, mas foram descritos como um cidadão ucraniano, um funcionário de uma companhia de navegação com sede na China e um capitão de navio petroleiro baseado na Turquia.

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