Um cidadão russo-americano, detido em janeiro e julgado por um caso de drogas, foi condenado nesta terça-feira (5) em um processo de apelação em Moscou a 12 anos e meio de prisão, em um contexto de tensão entre Rússia e Estados Unidos.
A juíza Irina Khorlina decidiu deixar "sem mudanças" a sentença emitida em julho. Robert Woodland, de 32 anos, deverá cumprir sua pena em um centro penitenciário de regime fechado.
Woodland foi declarado culpado de "tentativa de tráfico de drogas em larga escala", um crime que pode resultar em penas de até 20 anos de prisão.
Segundo a acusação, antes de sua detenção, o condenado havia recuperado 47 gramas de mefedrona, uma droga sintética que pretendia vender, de um esconderijo localizado em uma área florestal de Mytishchi, perto de Moscou.
O advogado Stanislav Kshevitski afirmou que seu cliente admitiu que estava "em posse da droga, mas nega a venda".
"Ele é um dependente há muito tempo, roubou a droga de outra dependente e queria escondê-la para consumo pessoal", disse o advogado.
Segundo a imprensa russa, Robert Woodland nasceu na região de Perm, nos Urais, e foi adotado em 1993 por uma família americana. Ele retornou à Rússia em 2020.
Nos últimos anos, vários cidadãos americanos foram detidos e condenados a elevadas penas de prisão na Rússia. Washington acusa Moscou de detê-los para tentar uma troca por russos presos nos Estados Unidos, em um momento de tensão devido ao conflito na Ucrânia.
Após a audiência, Kshevitski disse que Woodland apresentará um novo recurso.
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