A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou, nesta terça-feira (5), que planeja retirar mais de uma centena de pessoas gravemente doentes e feridas da Faixa de Gaza na quarta-feira.

"Amanhã [quarta-feira], esperamos participar de uma grande retirada médica de mais de 100 pacientes", disse Rik Peeperkorn, chefe da OMS nos Territórios Palestinos. 

Até 113 pessoas seriam transferidas na quarta-feira, disse a OMS, a maioria delas para os Emirados Árabes Unidos e algumas para a Romênia, para receberem cuidados especializados. 

Seria a maior retirada de Gaza desde outubro de 2023, segundo dados da agência da ONU. 

Segundo Rik Peeperkorn, os pacientes são transferidos de vários centros de saúde da Faixa para o Hospital Europeu em Gaza, perto de Khan Yunis, no sul.

Eles poderão deixar o território na quarta-feira através da passagem Kerem Shalom, para viajar para os Emirados e a Romênia, disse Peeperkorn aos jornalistas em Genebra em uma videoconferência a partir de Gaza. 

Os pacientes fazem parte das 14 mil pessoas que aguardam atualmente para serem transferidas por razões médicas. Metade delas está ferida de guerra e outras sofrem de doenças graves como o câncer, acrescentou. 

O ataque do Hamas, em 7 de outubro, no sul de Israel, que desencadeou a guerra em Gaza, deixou 1.206 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.

A campanha de retaliação de Israel deixou 43.391 mortos no território palestino, a maioria deles civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

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