Kamala Harris e Donald Trump disputam presidência dos Estados Unidos  -  (crédito: Reuters)

Kamala Harris e Donald Trump disputam presidência dos Estados Unidos

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A Geórgia e a Carolina do Norte foram os primeiros estados-pêndulo a fechar suas urnas nos Estados Unidos, e o dia tranquilo de votação, com um caso pontual de confusão, deu lugar à ansiedade diante da corrida eleitoral apertada entre Kamala Harris e Donald Trump à presidência do país.

 

 

Com um sistema eleitoral que pode demorar dias para contabilizar os votos, os americanos entram em estado de espera para saber se terão sua primeira mulher presidente ou se verão o controverso líder retornar à Casa Branca.

 

A votação se estende até as 3h desta quarta -feira (6/11), no horário de Brasília, quando se encerram os trabalhos no estado do Alasca. Mas os votos por correio, as regras estaduais diferentes e o acirramento da disputa podem atrasar nome do vencedor.

 

 

Os dados serão atualizados em tempo real na Folha de S.Paulo, em mapas que trazem a votação em todo país e em cada estado, além do resultado por número de delegados. Será possível conferir também a apuração para a Câmara dos Representantes, de senadores e dos governadores de 11 estados.

 

A principal expectativa está nos sete estados-pêndulo que podem definir as eleições, nos quais a votação termina em diferentes horários: além da Geórgia e Carolina do Norte, Pensilvânia (22h), Arizona, Michigan, Wisconsin (23h) e Nevada (0h).

 

O dia D da votação se deu, no geral, sem grandes ocorrências nesta terça. O maior transtorno se deu na própria Geórgia, onde falsas ameaças de atentados a bomba, enviadas de endereços de email da Rússia, fizeram um local de votação nos arredores da capital Atlanta ser evacuado por uma hora.

 

 

Foram ao todo seis ameaças mirando seções eleitorais majoritariamente democratas, que foram reabertas após o FBI e a polícia local checarem a falsidade das ameaças. A autoria está sendo investigada a origem do e-mail não prova o envolvimento de russos na ação.

 

Eleitores afirmaram que se tratava de uma tentativa de assustá-los, e o secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, afirmou: "A Geórgia não será intimidada. A Rússia resolveu brigar com a Geórgia errada", referindo-se ao país homônimo que integrava a antiga União Soviética.

 

Raffensperger foi o secretário de Estado pressionado por Trump na eleição de 2020 a "achar 11.780 votos" para mudar o resultado da eleição no estado, onde Joe Biden ganhou. Ele resistiu às pressões, que originaram uma investigação criminal contra o ex-presidente.

 

 

Trump x Kamala 

 

Donald Trump votou na cidade de West Palm Beach, na Flórida, onde disse a jornalistas: "Se for uma eleição justa, eu seria o primeiro a reconhecer [o resultado]", tocando em um dos assuntos que geram mais expectativa no momento.

 

Já Kamala Harris, que votou antecipadamente por correio, disse que não vai se deixar levar por insultos. "Não vou me distrair com esse barulho", declarou ela em entrevista a uma rádio de Atlanta, em reação ao candidato a vice oponente, J. D. Vance, que a chamou de lixo na véspera do pleito.

 

O republicano acompanha o fechamento das urnas em casa, no resort de luxo Mar-a-Lago, com a família e amigos, e depois deve seguir para um centro de convenções onde espera que compareçam cerca de 5.000 apoiadores para seguir a apuração.

 

A democrata, por sua vez, assistirá à contagem na capital federal Washington, no campus da histórica Universidade Howard, apelidada de "Harvard negra" e bastião da intelectualidade negra onde ela se graduou em 1986.