Líderes de todo o mundo felicitaram Donald Trump nesta quarta-feira (6) pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos contra a democrata Kamala Harris. 

As saudações vão desde celebrações efusivas até mensagens formais expressando bons desejos de trabalhar em conjunto com o futuro governo Trump. 

O presidente argentino, Javier Milei, saudou a "formidável vitória eleitoral" de Trump em uma mensagem em inglês na qual lhe desejou "sucesso e bênçãos".

"Ele sabe que pode contar com a Argentina para cumprir sua tarefa", escreveu Milei em sua conta na rede X.

- Ucrânia e Rússia -

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que demonstrou conforto nos últimos anos com o presidente democrata Joe Biden, disse esperar que o retorno de Trump à Casa Branca traga uma "paz justa" para a Ucrânia na sua guerra contra a Rússia. 

"Nos assuntos internacionais, aprecio a abordagem do presidente Trump de 'paz através da força'. Esse é exatamente o princípio que pode trazer uma paz justa à Ucrânia", disse Zelensky nas suas redes sociais. 

Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, que foi muito próximo de Trump no seu primeiro governo, evitou se pronunciar sobre o resultado.

O Kremlin indicou que Putin não pretende felicitar Trump e que julgará a sua presidência "pelas suas ações". 

Já o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esperar que sob Trump "as crises e guerras globais e regionais acabem, em particular a questão palestina e a guerra entre Rússia e Ucrânia".

- Oriente Médio -

Uma das saudações mais efusivas foi enviada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Trump conseguiu o "maior retorno da história". 

"O seu retorno histórico à Casa Branca fornece aos Estados Unidos um novo começo e um compromisso poderoso com esta grande aliança entre Israel e os Estados Unidos", disse Netanyahu em um comunicado. 

Os Estados Unidos apoiaram os esforços de mediação na guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, juntamente com Catar e Egito, cujos líderes também saudaram a vitória de Trump. 

O emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, e o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, manifestaram a esperança de continuar trabalhando com o futuro presidente para a paz no Oriente Médio. 

Uma mensagem semelhante foi enviada pelo rei Abdullah II da Jordânia.

- Europa -

Os líderes europeus, incluindo alguns que tiveram relações complexas com Trump no seu primeiro mandato, expressaram o desejo de trabalhar com ele em uma agenda comum. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar ansiosa para trabalhar com Trump em uma "agenda transatlântica forte".

No seu primeiro governo, Trump distanciou-se dos seus aliados europeus devido aos seus questionamentos sobre a Otan e à sua retirada do Acordo de Paris sobre o aquecimento global. 

Ainda assim, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que "trabalharemos nas nossas relações estratégicas bilaterais e em uma forte parceria transatlântica". 

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou estar disposto a trabalhar com Trump "com respeito e ambição".

Macron discutiu a eleição de Trump com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que se comprometeu a trabalhar com o futuro líder americano pela "prosperidade e liberdade". 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, referiu-se aos Estados Unidos como "nossos aliados mais próximos" e antecipou que a "relação especial (...) continuará a prosperar" sob o futuro governo. 

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que o retorno de Trump à Casa Branca ajudará a Aliança a permanecer "forte".

- China -

A China, que foi alvo de duras críticas de Trump durante seu governo, disse esperar uma "coexistência pacífica" com Washington, segundo uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim.

- Japão e Coreia do Sul -

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, espera que, com Trump na Casa Branca, a aliança entre os dois países alcance "novos patamares". 

Por sua vez, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, desejou que a aliança entre os dois países "brilhe ainda mais forte".

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