Vice de Trump, J. D. Vance será o terceiro mais jovem a ocupar a cadeira de vice-presidente dos Estados Unidos -  (crédito: Jim Watson/AFP)

Vice de Trump, J. D. Vance será o terceiro mais jovem a ocupar a cadeira de vice-presidente dos Estados Unidos

crédito: Jim Watson/AFP

O republicano James David Vance, conhecido como J. D. Vance, será a terceira pessoa mais jovem a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Aos 40 anos, o senador de Ohio tem falas polêmicas e já chegou a ser crítico de Donald Trump, com quem divide a chapa vencedora nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

 

 

A chapa, eleita na manhã desta quarta-feira (6/11), contra a chapa democrata liderada por Kamala Harris, ocupará a cadeira da Casa Branca a partir de janeiro de 2025.

 

 

O vice-presidente eleito nasceu em Middletown, cidade de pouco mais de 50 mil habitantes no estado de Ohio. Sua família é composta por pessoas brancas de classe trabalhadora, em sua maioria descendentes de escoceses-irlandeses. Ele foi criado por avós maternos na região de exploração de carvão de Apalaches, hoje uma das regiões mais pobres dos Estados Unidos.


 

Vance foi alçado à fama quando publicou, em 2016, o livro “Hillbilly Elegy” (“Era Uma Vez Um Sonho”, na edição em português). Na obra, o então advogado transcorreu sobre a classe operária branca americana, com base em sua própria história. Na época, o agora aliado de Trump criticou o republicano, afirmando que ele tinha propostas “imorais e absurdas”.

 

 

No ano do lançamento do livro, Trump foi eleito presidente pela primeira vez nos Estados Unidos.

 

Em uma conversa privada, com o então colega de universidade e agora senador democrata Josh McLaurin, também em 2016, Vance foi além e afirmou que Trump era um “Hitler americano”. As mensagens foram divulgadas por McLaurin em 2022, ano em que Vance concorreu ao Senado por Ohio, já aliado às ideias do então presidente.

 

 

Também neste ano, Vance criticou um vídeo de Trump em uma participação em um programa de TV, de 2005, no qual afirmava que poderia agarrar mulheres pela vagina por causa da fama. “Companheiros cristãos, todos estão nos observando quando pedimos desculpas por este homem. Senhor, ajude-nos", escreveu na rede social X, antigo Twitter.

 

Em outra publicação, o senador afirmou: "Trump deixa as pessoas com quem me importo com medo. Imigrantes, muçulmanos etc. Por isso eu o considero repreensível. Deus quer o melhor de nós".

 

Já em artigo ao jornal americano The New York Times, Vance afirmou que "Trump é inadequado para o mais alto cargo da nossa nação".

 

 

A mudança de alinhamento político do senador ocorreu em 2019, quando começou a elogiar políticas trumpistas. Já em 2021, ele pediu desculpas pelas críticas feitas anteriormente ao agora aliado, em uma entrevista à Fox News, e também afirmou à Time que Trump não deveria ser condenado pela invasão do Capitólio.

 

"Houve algumas maçãs podres no 6 de Janeiro, muito claramente, mas a maioria das pessoas lá era realmente super pacífica", disse ele. O motim incentivado por Trump deixou cinco mortos e mais de 100 policiais feridos. No ano seguinte, quando concorreu ao Senado, Vance apagou as publicações no X nas quais criticava o ex-presidente.

 

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Após o atentado contra Trump, ocorrido em um comício no estado da Pensilvânia, em julho, JD Vance afirmou que a retórica da campanha do presidente Joe Biden, antes líder da chapa democrata, "levou diretamente à tentativa de assassinato do presidente Trump".

 

Segundo ele, em publicação nas redes sociais, a “premissa central da campanha de Biden é que o presidente Donald Trump é um fascista autoritário que deve ser detido a todo custo".