A Irlanda vai se unir "antes do fim do ano" ao processo iniciado pela África do Sul perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), que acusa Israel de cometer um "genocídio" na Faixa de Gaza, declarou nesta quinta-feira (7) o ministro irlandês de Relações Exteriores, Micheál Martin.

O ministro fez o anúncio durante um debate no Parlamento irlandês, que adotou, sem votação, uma moção não vinculante que afirma que Israel está cometendo um "genocídio" no território palestino.

"O governo [irlandês] tem a intenção de apresentar uma declaração de intervenção", equivalente a se unir ao processo perante a CIJ, e fará isso "antes do final do ano", disse Martin.

Vários países já se somaram a esse processo iniciado pela África do Sul em dezembro de 2023, como Bolívia, Colômbia, Líbia, Espanha e México.

A África do Sul informou em 28 de outubro que havia apresentado seu dossiê de "provas" à CIJ, que confirmou ter recebido o material.

Israel criticou o processo e denunciou uma "tentativa vil" de lhe negar o "direito fundamental de se defender".

Micheál Martin destacou que a Irlanda "está comprometida em defender e promover uma interpretação rigorosa da convenção sobre genocídio, para garantir o mais alto nível de proteção possível para os civis" envolvidos em conflitos armados.

Dublin reconheceu o Estado palestino no final de maio e aprovou, na terça-feira, pela primeira vez, a nomeação de uma embaixadora palestina na Irlanda.

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