Os agricultores europeus organizaram, nesta quarta-feira (13), um protesto em Bruxelas para manifestar a sua oposição à assinatura do acordo comercial entre a União Europeia e o bloco Mercosul.
Os agricultores argumentam que a assinatura do acordo representaria um golpe devastador para os agricultores e pecuaristas na UE.
Sylvie Colas, secretária-geral da Federação Camponesa francesa, disse que "estamos aqui para dizer NÃO aos acordos com o Mercosul e a todos os acordos de livre comércio".
O objetivo do protesto, acrescentou, é "pôr fim ao massacre dos camponeses".
Ao contrário das manifestações dos agricultores no início deste ano, que literalmente paralisaram Bruxelas, o ato desta quarta-feira mal atingiu uma centena de pessoas.
"Alimentos para as pessoas, não para o lucro", dizia um dos cartazes do protesto, em frente à sede da Comissão Europeia, no bairro europeu de Bruxelas.
A eurodeputada francesa Manon Aubry, presente no protesto, afirmou que "os agricultores europeus pagam durante anos, até décadas, por uma liberalização do mercado agrícola que os sujeitou progressivamente a uma concorrência desleal".
"A realidade é que os nossos agricultores hoje não trabalham mais para alimentar a população europeia", afirmou.
A UE e o Mercosul negociam um acordo de livre comércio há pouco mais de duas décadas, cuja assinatura parece iminente, apesar da forte oposição da França.
Se selado, o acordo criaria a segunda maior zona de livre comércio do mundo.
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