A polícia chilena prendeu nesta quinta-feira (14) Manuel Monsalve, ex-vice-ministro do Interior e figura-chave na luta contra o crime no governo de Gabriel Boric, acusado de estupro contra uma subordinada.
A detenção de Monsalve ocorreu em sua residência na cidade de Viña del Mar, a 120 km de Santiago. Nesta sexta, ele será apresentado a um tribunal na capital chilena, onde a promotoria deve formalizar as acusações contra ele.
Monsalve, de 59 anos, renunciou ao governo em 17 de outubro, três dias após a denúncia ser registrada.
A suposta agressão sexual teria ocorrido no dia 22 de setembro, após Monsalve sair para jantar e beber com uma funcionária da Subsecretaria do Interior.
"No Chile, ninguém está acima da lei", escreveu o presidente Boric em sua conta na rede social X, poucos minutos após a prisão de Monsalve.
Sua renúncia desencadeou uma crise política devido à maneira como o Executivo lidou com o caso, as decisões tomadas após o conhecimento do caso e o tempo que o presidente demorou para pedir sua saída.
Monsalve, que era membro do Partido Socialista até o mês passado, foi deputado entre 2006 e 2022. Em março de 2022, assumiu o cargo de subsecretário do Interior e Segurança.
Sua saída representou um golpe para a estratégia de combate ao crime, em um momento em que os chilenos identificam a insegurança como sua maior preocupação, segundo pesquisas.
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